Comprar ou Arrendar?
Na altura de decidir sair da casa dos pais, todos nós nos colocamos a questão: E agora? Vou comprar casa ou arrendar?

Há dois fatores fundamentais na sua tomada de decisão: A sua situação profissional/familiar e o seu pé-de-meia.
Se está numa situação laboral provisória, foi colocado numa zona onde não vai querer viver, está no início de uma relação e a dar um tempo, não tem a certeza se aquele local é adequado a si... então o melhor é optar por arrendar uma casa e evitar ficar "preso" a uma prestação quase vitalícia, suportando os encargos de aquisição de casa nova.
É certo que vai estar a pagar para algo que não é seu, e que os valores de renda são muitas vezes superiores às mensalidades que pagaria ao banco, mas à cabeça o custo é muito reduzido (um mês de renda e outro de caução na maioria dos casos), comparando com as despesas de aquisição (abertura de dossier bancário, avaliação da casa, IMT, imposto de selo, escritura) e as despesas fixas de IMI e condomínio, que teria de suportar caso comprasse.
Por outro lado, tem ainda a possibilidade de abater cerca de 500€/ano no IRS.
Mas ao ter a vantagem de não ficar "preso" à casa, podendo sair dentro do prazo contratual previsto, tem de ter atenção que esse fator também é verdade para o senhorio, que pode revogar o contrato dentro do limite estabelecido.

Se tem as condições acima descritas todas reunidas (estabilidade profissional e pessoal, já decidiu onde pretende assentar e o que quer a médio/longo prazo), então está na altura de pensar em comprar casa própria. Neste caso, é fundamental que tenha um montante substancial de entrada, 10-20% conforme a instituição de crédito, já que os bancos não emprestam a totalidade. Tem de contar também com as comissões bancárias e os custos de abertura de processo e avaliação da casa. No momento da aquisição há que contemplar outros gastos: o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT), mais baixo para os casos de habitação própria permanente, o imposto de selo (0,8% sobre o valor da escritura) e o custo da escritura (despesas notariais e de registo). De resto, no caso de habitação própria, pode requerer a isenção de IMI (imposto municipal sobre os imóveis) para os primeiros 3 anos.
A longo prazo, comprar pode ser mais vantajoso economicamente do que arrendar, além da segurança que lhe dá e do investimento que está a faze num bem próprio, que lhe servirá sempre como moeda de troca, ou património para deixar aos seus filhos.